Episódios de farpas trocadas entre os dirigentes vão desde acusações de manipulação até brigas judiciais, mas eles não devem estar presentes hoje no Nilton Santos

Em meio a trocas de farpas de lado a lado e bom desempenho de seus times dentro do campo, John Textor e Leila Pereira se tornaram líderes em popularidade no país ao longo dos últimos 12 meses. Segundo levantamento feito pelo site Bolavip Brasil, Leila foi alvo de cerca de 201 mil buscas mensais no Google, líder disparada, enquanto Textor, em segundo, foi alvo de 110 mil buscas mensais. O terceiro é Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, com 74 mil.

O componente extracampo entre Botafogo e Palmeiras é um dos que mais alimenta as expectativas para o encontro de líderes do Brasileirão, hoje à noite, no Nilton Santos. A rivalidade cresceu encabeçada, principalmente, por Textor, dono da SAF alvinegra, e Leila, presidente alviverde. Há quase nove meses, eles protagonizam trocas de farpas públicas, se envolvendo em episódios que vão desde brigas judiciais até os jogos que acontecerão em breve pelas oitavas da Libertadores.

Hoje, os dois dirigentes não devem estar presentes. Textor esteve no Brasil na última semana, mas não foi mais visto. Já Leila entende que não faz sentido ir ao Nilton Santos, por conta das acusações feitas pelo adversário, e pelo seu desejo em não alimentar o embate pessoal.

Tudo começou no último encontro entre os times, em novembro de 2023, pelo Brasileiro. Após abrir 3 a 0, o Botafogo sofreu a virada para 4 a 3 no segundo tempo, e Textor invadiu o campo revoltado com a expulsão do zagueiro Adryelson.

— Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF), mas você precisa renunciar amanhã de manhã. Esse campeonato se tornou uma piada — afirmou Textor no campo.

Isso resultou em acusações contra a CBF e a arbitragem, com o americano apontando a existência de um suposto esquema de manipulação de resultados, que beneficiaria o Palmeiras.

Com o título brasileiro do clube paulista, Textor elaborou um relatório baseado nos relatórios da empresa francesa Good Game!, dizendo que o alvinegro deveria ter 21 pontos a mais. Já nos primeiros meses deste ano, apontou jogos nos quais o Palmeiras teria sido beneficiado, em 2022 e 2023, e exibiu supostas provas na CPI realizada no Senado.

Do outro lado, Leila respondeu com ofensas diversas a Textor, chamando-o de termos como “fanfarrão” e “desequilibrado”. Em março, o Palmeiras emitiu nota oficial revelando que acionaria o americano na Justiça. Em maio, foi a vez de ele dizer que processaria Leila. O STJD multou e suspendeu Textor por 45 dias.


Fonte: O GLOBO