Serviço Secreto americano planeja cercar púlpito do republicano; medidas de segurança adicionais incluem o aumento do número de agentes e mudanças tecnológicas

Ex-presidente dos EUA e candidato republicano à Presidência, Donald Trump, durante entrevista coletiva em Nova Jersey — Foto: Adam Gray/Getty Images/AFP

O Serviço Secreto dos Estados Unidos usará vidro à prova de balas para proteger o ex-presidente Donald Trump em futuros comícios de campanha ao ar livre, noticiou a imprensa internacional nesta quinta-feira. A medida é tomada após o republicano ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato em julho. Segundo a ABC News, a agência planeja cercar o púlpito de Trump com vidro balístico, medida geralmente reservada para presidentes e vice-presidentes em exercício.

O vidro balístico é transportado pelo Departamento de Defesa americano - uma operação extensa e que inclui o uso de aviões. Para Trump, o Serviço Secreto deverá posicionar estrategicamente o vidro em áreas do país onde se espera que ele visite. À CNN, um alto funcionário disse que medidas de segurança adicionais incluem o aumento do número de agentes e mudanças tecnológicas. A mesma fonte se recusou a fornecer mais detalhes por razões de segurança.

Trump realizou quase uma dúzia de eventos de campanha eleitoral após o ataque na Pensilvânia, ocorrido em 13 de julho. Todos eles, no entanto, foram em ambientes fechados, onde as pessoas são revistadas antes de entrar. Conforme publicado pelo Guardian, em um comício recente em Harrisburg, também na Pensilvânia, Trump lamentou e disse que não está "desistindo dos comícios ao ar livre".

Ao Washington Post, um oficial do Serviço Secreto disse que o vidro também seria usado em eventos pela atual vice-presidente e candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, se necessário. Em 2008, Barack Obama, então senador dos EUA, utilizou o vidro balístico ao aparecer em Chicago para celebrar a vitória na eleição presidencial.

Um homem morreu e duas pessoas ficaram gravemente feridas durante o ataque em Butler, que também feriu o ex-presidente republicano na orelha. A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, renunciou dez dias depois. No início deste mês, o novo diretor interino da agência descreveu o atentado como "um fracasso" dos serviços de segurança - e disse que os agentes deveriam ter tido uma cobertura melhor do telhado de onde os disparos foram feitos.


Fonte: O GLOBO