Rose Harvey sofreu uma fratura por estresse no fêmur, mas finalizou os 42km de prova na 78ª colocação
Rose Harvey revela que correu a maratona com a perna quebrada — Foto: Reprodução
A britânica Rose Harvey precisou superar um desafio enorme para completar a maratona nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A corredora revelou, em suas redes sociais, que correu os 42km de prova com uma fratura por estresse no fêmur.
"Minha equipe incrível e eu nos esforçamos muito para deixar a linha de largada em forma e saudável, e estávamos otimistas que com um pouco de adrenalina no dia da corrida eu conseguiria correr a corrida que sabia. Alguns quilômetros depois, percebi rapidamente que isso não aconteceria. Os próximos 24 quilômetros foram uma batalha dolorosa. Acontece que eu tinha fraturado meu fêmur por estresse", escreveu a corredora nas redes sociais.
Rose já sabia da lesão antes dos Jogos Olímpicos começarem. Inclusive, segundo o site britânico BBC, médicos e fisioterapeutas disseram a Harvey que correr a maratona pioraria a situação, mas havia uma chance de ela conseguir completar a prova. Além disso, não havia reserva disponível para preencher sua vaga, então a corredora decidiu correr do jeito que estava.
A britânica finalizou a corrida na 78ª colocação, com um tempo de 2h51min03s, 28min08s a mais que a holandesa Sifan Hassan, que conquistou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial. Embora Rose tenha corrido com dor a maioria do tempo, ela se agarrou no sonho de terminar uma maratona olímpica e finalizou a prova.
“Em qualquer outra corrida, eu teria parado e houve tantos momentos em que pensei que não conseguiria dar mais um passo. As descidas foram um inferno. Mas, apesar de a maioria dos meus objetivos de corrida terem escapado, ainda havia uma pequena parte do meu sonho olímpico à qual eu poderia me agarrar – e isso era terminar a maratona olímpica."
“Eu não conseguia desistir. Continuei dizendo a mim mesmo para sorrir, absorver a energia das multidões incríveis e apenas colocar um pé na frente do outro. Foi de partir o coração. Mas fazer parte das Olimpíadas é algo que nunca vou esquecer e poder compartilhar a corrida com tantos amigos e familiares incríveis significou o mundo para mim.”
Fonte: O GLOBO
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