Queda na taxa de desocupação foi acompanhada pela maior parte das federações do país — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira.
O IBGE divide o desemprego em diferentes categorias, de acordo com o tempo de procura. Em todas as faixas de tempo, o desemprego caiu mais de 10%, conforme abaixo:
- menos de um mês: queda de 10,2%
- entre um mês a menos de um ano: queda de 11%
- entre um ano a menos de dois anos: queda de 15,2%
- dois anos ou mais: queda de 17,3%, a maior de todas as faixas
"O crescimento da ocupação tem refletido positivamente entre os que buscam trabalho, à medida que passam a registrar menor tempo de procura. O crescimento da demanda por trabalhadores em várias atividades, como comércio e serviços de baixa ou alta complexidade, tem contribuído para a retração desse tempo de procura", explicou Beringuy.
Quando observada a taxa de desemprego por estado, houve recuo em 15 das 27 federações do país. Os estados com maior número de desempregados foram Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%).
Já entre os com as menores taxas foram Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%). As outras 12 federações que não apresentaram recuo também não tiveram variações significativas no indicador, segundo o IBGE.
Desigualdade de gênero e raça
Os números da Pnad também mostram que a desigualdade de gênero se mantém no mercado de trabalho. A taxa de desocupação das mulheres era de 8,6% em junho, acima dos 6,9% do país. Considerando apenas os homens, o índice é menor: 5,6%.
Da mesma forma, os brancos conseguem emprego com mais facilidade que os negros. A taxa de desemprego entre brancos era 5,5% no segundo trimestre, mais baixa que a de pretos (8,5%) e pardos (7,8%).
Quando considerado o nível de instrução, a taxa de desemprego de pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) é mais que o triplo do grupo que tem diploma (3,6%).
Pnad x Caged
A Pnad traz informações sobre trabalhadores formais e informais. Divulgada mensalmente, a pesquisa traz dados do trimestre. A coleta de dados é feita em 210 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios em todo o país.
Outra pesquisa é a do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Esta só traz informações sobre trabalho com carteira assinada, com base no que as empresas informam ao ministério.
Fonte: O GLOBO
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