Petista aposta no atual prefeito para derrotar o bolsonarismo e ajudar Lula; em Niterói, ele endossa Neves contra candidato de seu antigo partido
Freixo e Paes posam juntos — Foto: Reprodução
O prefeito representa, na visão do novo aliado, a esperança de “derrotar o bolsonarismo”, além de despontar como palanque forte para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no berço político de Jair Bolsonaro (PL):
— Em 2012, quando concorri contra ele, o Eduardo representava a direita. Hoje há outra configuração política no país e no Rio. A extrema direita e a direita estão fora do projeto do Eduardo. A candidatura dele, hoje, configura o campo democrático. O que vai derrotar a extrema direita no Brasil não é a esquerda, é essa aliança do campo democrático.
Afastamento de ex-partido
Ao entrar na campanha de Paes, Freixo, hoje presidente da Embratur, acentua de vez um afastamento em relação ao PSOL, que tem Tarcísio Motta como candidato este ano.
— Tarcísio é uma figura pela qual tenho muito carinho e admiração, é meu amigo. Sou muito grato a tudo o que vivi no PSOL. (Mas) Hoje temos um olhar que é diferente. Acho que é muito importante fazer o Eduardo vencer no primeiro turno, porque ele não está derrotando a esquerda, e sim a extrema direita — diz. — Não é hora de buscar o idêntico, é hora de buscar o comum. Se alguém acha que derrotar Eduardo Paes é tão importante quanto derrotar o bolsonarismo, acho que não está entendendo a realidade colocada no Brasil de hoje.
Ao analisar a disputa deste ano, o ex-deputado já projeta 2026. A fim de reforçar a aposta no prefeito como figura a ser abraçada pelo “campo democrático”, elenca vantagens tanto para o projeto nacional petista quanto para o Rio.
— É pouco importante o palanque do Eduardo em 2026 ser o do Lula? É extremamente importante. Eu queria que o vice dele em 2024 fosse do PT? Queria, mas se tivesse que escolher entre ter o vice agora ou ter esse palanque daqui a dois anos, diria que o palanque é mais importante. É muito importante para o Lula e para o Rio — afirma. — O Rio está entregue para o crime. Seis governadores afastados, um sétimo investigado, uma crise de território profunda, uma Assembleia da qual ninguém sabe mais o nome de nenhum deputado, que não tem nenhuma CPI importante.
Projetado no passado pelo documento que produziu como relator da CPI das Milícias, Freixo diz que a aliança que Paes precisa fazer em 2026, caso concorra ao Palácio Guanabara, “pode ter a esquerda, pode ter a direita, mas não pode ter o crime”. Quando concorreu contra o atual prefeito em 2012 e perdeu ainda no primeiro turno, mas teve significativos 28% dos votos para um neófito em eleições majoritárias, Freixo acusava Paes de conluio com milicianos.
O presidente da Embratur também dá pitacos sobre a escolha do vice da chapa de Paes, Eduardo Cavaliere, que venceu a disputa interna no PSD cujo favorito era o deputado federal Pedro Paulo. Em 2016, Freixo conseguiu tirar Pedro do segundo turno da eleição municipal.
— Em 2012, quando concorri contra ele, o Eduardo representava a direita. Hoje há outra configuração política no país e no Rio. A extrema direita e a direita estão fora do projeto do Eduardo. A candidatura dele, hoje, configura o campo democrático. O que vai derrotar a extrema direita no Brasil não é a esquerda, é essa aliança do campo democrático.
Afastamento de ex-partido
Ao entrar na campanha de Paes, Freixo, hoje presidente da Embratur, acentua de vez um afastamento em relação ao PSOL, que tem Tarcísio Motta como candidato este ano.
— Tarcísio é uma figura pela qual tenho muito carinho e admiração, é meu amigo. Sou muito grato a tudo o que vivi no PSOL. (Mas) Hoje temos um olhar que é diferente. Acho que é muito importante fazer o Eduardo vencer no primeiro turno, porque ele não está derrotando a esquerda, e sim a extrema direita — diz. — Não é hora de buscar o idêntico, é hora de buscar o comum. Se alguém acha que derrotar Eduardo Paes é tão importante quanto derrotar o bolsonarismo, acho que não está entendendo a realidade colocada no Brasil de hoje.
Ao analisar a disputa deste ano, o ex-deputado já projeta 2026. A fim de reforçar a aposta no prefeito como figura a ser abraçada pelo “campo democrático”, elenca vantagens tanto para o projeto nacional petista quanto para o Rio.
— É pouco importante o palanque do Eduardo em 2026 ser o do Lula? É extremamente importante. Eu queria que o vice dele em 2024 fosse do PT? Queria, mas se tivesse que escolher entre ter o vice agora ou ter esse palanque daqui a dois anos, diria que o palanque é mais importante. É muito importante para o Lula e para o Rio — afirma. — O Rio está entregue para o crime. Seis governadores afastados, um sétimo investigado, uma crise de território profunda, uma Assembleia da qual ninguém sabe mais o nome de nenhum deputado, que não tem nenhuma CPI importante.
Projetado no passado pelo documento que produziu como relator da CPI das Milícias, Freixo diz que a aliança que Paes precisa fazer em 2026, caso concorra ao Palácio Guanabara, “pode ter a esquerda, pode ter a direita, mas não pode ter o crime”. Quando concorreu contra o atual prefeito em 2012 e perdeu ainda no primeiro turno, mas teve significativos 28% dos votos para um neófito em eleições majoritárias, Freixo acusava Paes de conluio com milicianos.
O presidente da Embratur também dá pitacos sobre a escolha do vice da chapa de Paes, Eduardo Cavaliere, que venceu a disputa interna no PSD cujo favorito era o deputado federal Pedro Paulo. Em 2016, Freixo conseguiu tirar Pedro do segundo turno da eleição municipal.
Perguntado sobre a decisão recente de Paes, ele evita falar mal do adversário de oito anos atrás, mas avalia que “seria muito ruim se ele (Paes) fizesse uma opção que dividisse (a aliança)”. Na prática, a definição pelo nome de Cavaliere pintou um cenário mais confortável para o petista declarar voto no prefeito.
Com PDT contra Talíria
No pleito de 2016, marcado por uma forte nacionalização na esteira do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e do auge da Lava-Jato, Freixo classificava o PMDB, então partido de Paes e Pedro Paulo, como “golpista”, e chegou a comemorar a ida ao segundo turno como uma vitória da democracia.
Além de Tarcísio, outra aliada dos tempos de PSOL foi preterida por Freixo no atual processo eleitoral. Em Niterói, a deputada federal Talíria Petrone concorre contra a hegemonia do PDT e conta com o apoio de alguns petistas. O ex-correligionário da candidata, contudo, endossa Rodrigo Neves, seu adversário na eleição estadual de 2022, que tenta voltar ao comando da cidade da Região Metropolitana — com o PT na chapa.
Freixo também tem se dedicado a impulsionar cerca de 30 candidatos a vereador em diferentes municípios. É uma forma, diz, de tentar dar mais capilaridade ao partido e preparar o terreno para as eleições de deputado em 2026, quando o PT vai focar, a nível nacional, na formação de uma bancada robusta na Câmara. O próprio Freixo descarta tentar o Senado daqui a dois anos.
Fonte: O GLOBO
Com PDT contra Talíria
No pleito de 2016, marcado por uma forte nacionalização na esteira do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e do auge da Lava-Jato, Freixo classificava o PMDB, então partido de Paes e Pedro Paulo, como “golpista”, e chegou a comemorar a ida ao segundo turno como uma vitória da democracia.
Além de Tarcísio, outra aliada dos tempos de PSOL foi preterida por Freixo no atual processo eleitoral. Em Niterói, a deputada federal Talíria Petrone concorre contra a hegemonia do PDT e conta com o apoio de alguns petistas. O ex-correligionário da candidata, contudo, endossa Rodrigo Neves, seu adversário na eleição estadual de 2022, que tenta voltar ao comando da cidade da Região Metropolitana — com o PT na chapa.
Freixo também tem se dedicado a impulsionar cerca de 30 candidatos a vereador em diferentes municípios. É uma forma, diz, de tentar dar mais capilaridade ao partido e preparar o terreno para as eleições de deputado em 2026, quando o PT vai focar, a nível nacional, na formação de uma bancada robusta na Câmara. O próprio Freixo descarta tentar o Senado daqui a dois anos.
Fonte: O GLOBO
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