Prova não será disputada no próximo Mundial; prova entrou no programa do atletismo olímpico substituindo os 50 km.

Caio Bonfim, medalhista de prata nos 20km da marcha atlética em Paris-2024, e Viviane Lyra terminaram em sétimo (2h54min08) na maratona de marcha atlética em revezamento, na manhã desta quarta-feira, e disseram que o futuro desta prova é incerto.

A prova foi vencida pela Espanha, com Álvaro Martín e Maria Perez conquistou a medalha de ouro (2h50min31), seguida pelo Equador, com Brian Pintado e Glenda Morejón, que ganhou a prata (2h51min22), e a Austrália, com Rhydian Cowley e Jemina Montag, o bronze (2h51min38).

— A gente não sabe qual o futuro desta prova. O Campeonato Mundial é 35 e 20 (quilômetros, distâncias das provas individuais), já saiu o calendário. Não tem revezamento. E os campeonatos nacionais vão pelos critérios do campeonato mundial. Fazer o revezamento não faz sentido, vai classificar para o quê? — falou Caio, que lembrou que o Mundial de Marcha Atlética acontecerá apenas em 2026, mas não tem nem sede ainda. — Essa prova é uma proposta do COI (Comitê Olímpico Internacional) para os Jogos Olímpicos e parece que a World Athetics não comprou para não botar no Mundial.

A maratona de revezamento misto entrou no programa do atletismo substituindo os 50 km. O anúncio da novidade foi feito pela World Athletics e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em abril de 2023.

Gianetti Bonfim, treinadora e mãe de Caio, disse que não sabe se ela será conformada em Los Angeles-2028:

— Essa prova é novíssima, estreou em Jogos Olímpicos agora. Não estará no Mundial em Tóquio. Então, não sei dizer se vai ou não estar de novo em Los Angeles-2028. Acho o futuro um pouco incerto.

Caio falou que gostou do formato, achou a prova dinâmica, mas não tem ideia de como foi recebida pelo COI e público. Ele acha importante mantê-la.

— É diferente, a gente gostou da proposta porque estamos entre potências, né? Estou orgulhoso do que fizemos. Somos os sétimos do mundo — disse ele.

A dupla formada por Caio Bonfim e Viviane Lyra estreou na maratona de revezamento nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em novembro de 2023, com a conquista da medalha de bronze (3:02:14). O Equador conquistou o ouro (2:56:49) e o Peru ficou com a prata (3:01:14). Nesta temporada, terminaram o Mundial de Marcha Atlética por Equipes em Antalya, Turquia, em abril, com o 5º lugar (2:59:55) – esse resultado classificou o Brasil para a prova na Olimpíada.

Viviane, que é especialista nos 50km e 35km, disse que marchará a prova que estiver no programa:

— O que tiver, estarei fazendo. Vai depender das determinações, de como ficar. Claro que é uma honra imensa marchar ao lado do Caio. Estamos preparados e o importante é continuar treinando.


Fonte: O GLOBO