Três pessoas passaram mal após consumir o produto; corporação acredita que balas podem fazer parte de uma operação internacional de tráfico de drogas

Balas contaminadas com metanfetamina foram doadas por instituição de caridade por engano — Foto: Reprodução/X

A Auckland City Mission, uma instituição de caridade da Nova Zelândia, distribuiu doces contaminados com metanfetamina por engano. As balas, conforme noticiou o jornal britânico BBC nesta quarta-feira (14), foram doadas anonimamente em uma embalagem de varejo lacrada. A presença da substância foi descoberta depois que três pessoas passaram mal e uma análise feita no New Zealand Drug Foundation apontou que o produto continha três gramas da droga e poderia ser potencialmente letal.

De acordo com a BBC, a polícia acredita que os doces eram faziam parte de uma operação internacional de tráfico de drogas e investiga como o produto entrou no país. Até 400 pessoas podem ter recebido os doces da Auckland City Mission como parte de uma cesta básica. Uma criança, um adolescente e um trabalhador da instituição procuraram atendimento médico depois do consumo, mas nenhuma ficou internada.

A instituição de caridade pediu desculpas ao público nesta quarta-feira (14). Em um comunicado publicado no site oficial, alertaram que descobriram sobre o caso na tarde de terça (13), quando alguém que recebeu o doce avisou que tinha "gosto estranho". Segundo o grupo, a droga teria contaminado pirulitos de abacaxi da marca Rinda.

A diretora-executiva da instituição de caridade, Helen Robinson, revelou à BBC que alguns funcionários experimentaram os doces, concordaram com as reclamações e começaram a "se sentir mal" depois. Ainda segundo depoimento dela ao jornal britânico, a missão distribui cerca de 50.000 cestas básicas por ano e apenas alimentos fabricados comercialmente são incluídos.

Em um comunicado feito pela New Zealand Drug Foundation, a fundação alertou que encontrou cerca de 3g de metanfetamina em um doce enviado para teste.

— Uma dose comum para engolir é entre 10-25 mg, então esse pirulito contaminado continha até 300 doses — declarou a chefe da fundação, Sarah Helm, à BBC. — Engolir tal quantidade da droga é extremamente perigoso e pode resultar em morte — acrescentou.

As autoridades já recuperaram 16 pacotes até agora – a polícia diz que cada pode conter de 20 a 30 doces, mas eles não sabem o número exato. Pelo menos 400 pessoas foram contatadas pela instituição de caridade.


Fonte: O GLOBO