Pela primeira vez na campanha, Fuad Noman (PSD) veiculou inserção com críticas ao adversário que lidera as pesquisas

Fuad Noman (PSD) sobe tom contra Mauro Tramonte (Republicanos) em propaganda eleitoral exibida na TV — Foto: Reprodução

Na reta final para o primeiro turno nas eleições em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) subiu tom contra um de seus principais adversários, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos). Pela primeira vez desde o início do horário eleitoral, veiculou uma propaganda com críticas ao apoiado por um antigo aliado seu, o ex-prefeito Alexandre Kalil.

— Aqui é a Record, onde o Tramonte sempre fez o seu programa até às 15h. Ele ele sai daqui e vai para Assembleia, onde chega por volta das 16h. Todas as sessões terminam às 17h. Ele só trabalha como deputado uma hora por dia e até o Cleitinho sabe disso — diz o locutor da inserção.

Neste momento, é exibida uma fala de Cleitinho no púlpito da Casa Legislativa, em 2022, quando ainda era deputado estadual.

— Tem deputado aqui que a gente sabe que agora tá apresentando o programa de TV ao vivo e chega quando a reunião tá acabando, bate o ponto aqui e pede questão de ordem — diz o agora senador e correligionário de Tramonte. Nessa disputa, Cleitinho apoia Bruno Engler (PL).

A propaganda de Fuad Noman então questiona o eleitor:

— Não trabalha como deputado… Acha que ele vai trabalhar como prefeito?

A inserção destoa do prometido pelo prefeito no início da propaganda eleitoral na televisão, quando disse, que não iria apenas apresentar suas obras sem atacar nenhum adversário.

Nos bastidores, contudo, articuladores avaliam que a melhor estratégia para o segundo turno seria apostar em uma desidratação de Tramonte. Uma disputa contra o bolsonarista, Bruno Engler, provocaria uma união similar a que ocorreu nas eleições presidenciais de 2022. Segundo o último DataFolha, divulgado na capital mineira na semana passada, o deputado do Republicanos lidera com 28% das intenções de voto.

Fuad e Engler estão empatados em segundo lugar, ambos com 18%.


Fonte: O GLOBO