Sobre o debate da Record, candidato disse que vai apresentar propostas e não para 'fazer memes para internet'

Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo — Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

Na tentativa de atrair o voto de baixa renda da cidade, o candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, realizou caminhada nesta sexta-feira no Brás, região conhecida pelo comércio popular de roupas e que atrai vendedores, camelôs e ambulantes. Na caminhada, o candidato reforçou o compromisso de ajudar os pequenos e microempresários com uma agência municipal de crédito e prometeu que, se eleito, vai receber representantes do segmento na prefeitura para debater a região.

— Eu vou fazer um plano envolvendo a prefeitura, os comerciantes e os representantes do comércio informal, porque eu não acredito que porrada em trabalhador resolva nada — disse Boulos, somando às promessas uma solução para a competição entre os comerciantes formais e informais das ruas do Brás.

Apesar de uma ampla agenda nas periferias, um foco desde o início de sua campanha, Boulos ainda tem encontrado dificuldades para atrair esse segmento do eleitorado, por isso o candidato sustenta que vai manter as agendas de periferias e o “olho no olho” com o eleitor, nesses últimos dias de campanha para o primeiro turno.

— Tem candidato que só aparece na televisão, tem outro que só aparece na rede social — afirmou o deputado federal em referência a Ricardo Nunes (MDB) dono da maior fatia do horário eleitoral gratuito, e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB). Sobre o candidato do PRTB, Boulos ainda ironizou que o adversário não saberia chegar à região do Brás “porque não tem heliponto”.

O candidato também falou sobre o debate que será realizado neste sábado pela TV Record. Boulos afirmou que vai ao encontro para discutir a cidade e apresentar propostas:

— Não para ficar fazendo briguinha, gritaria, violência. Isso pode até render meme na internet, mas esses memes tem prazo de validade, daqui a algumas semanas acabou a eleição — concluiu.


Fonte: O GLOBO