Presidente Lula discursando na 'Cúpula do Futuro' — Foto: ANGELA WEISS / AFP
Em discurso forte na sessão de abertura da Cúpula do Futuro na ONU, o presidente Lula falou no risco de um "fracasso coletivo" e pediu mais ambição e ousadia. Convocada para antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, que acontece sempre em setembro, a Cúpula do Futuro visa exatamente discutir a situação de emergência causada pela mudança climática e também os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
No ano 2000, o mundo se reuniu, foram 191 países, e desenhou os objetivos do milênio com metas para 15 anos. Esse primeiro movimento teve sucesso. No Rio de Janeiro, na Rio+20, foram estabelecidos mais 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), era sobre esses objetivos que Lula falava ao citar o risco de fracasso coletivo, pois no ritmo atual, apenas 17% das metas, afirmou, serão atingidas no prazo limite, 2030.
São objetivos ambiciosos, mas todos muitos meritórios: acabar com a pobreza, erradicar a fome, combater a desigualdade de gênero, a discriminação racial, buscar o desenvolvimento sustentável, uma agricultura que agrida a menos a natureza. A meta era que até 2030 teria que atingir todos os objetivos. Há quem possa questionar a razão de estabelecer essas metas, se vale à pena.
Mas o fato é que o mundo tem que ter metas de avanço e persegui-las, ainda que não consiga integralmente, se for parcialmente atingido, você já fez um movimento na direção certa, pior é quando regride.
E o mundo está num momento que parece estar regredindo, principalmente com a gravíssima crise no Oriente Médio, a escalada do conflito entre Israel e Hezbollah, com o risco cada vez mais iminente de uma guerra entre Líbano e Irã. Começa a ficar cada vez mais tensa a situação no Oriente Médio, ainda se tem Putin falando sobre guerra nuclear, tudo isso é retrocesso.
A diplomacia tem que se fortalecer e é nesses encontros que isso acontece. E é importante dizer que há risco de fracasso.
Lula voltou a falar de alguns pontos recorrentes em seus discursos, como o fato de o Conselho de Segurança da ONU não ser uma representação do mundo atual, já que o Sul Global não está adequadamente representado. E porque não falar?
É importante o recado dado pelo presidente Lula, esse choque de realidade, ainda mais quando a ONU propõe o Pacto para o Futuro, que vai na mesma direção, tentar deter a mudança climática, dar meios para o mundo atingir os objetivos já firmados no Acordo de Paris. Teremos dois anos importantes, principalmente 2025, quando a COP será realizada no Brasil.
Projetos importante sobre o futuro passam pelo Brasil. Passou pelo país várias vezes, como na Rio 92, quando saíram as principais convenções do mundo contra a mudança climática e de proteção da biodiversidade.
A diplomacia tem que se fortalecer e é nesses encontros que isso acontece. E é importante dizer que há risco de fracasso.
Lula voltou a falar de alguns pontos recorrentes em seus discursos, como o fato de o Conselho de Segurança da ONU não ser uma representação do mundo atual, já que o Sul Global não está adequadamente representado. E porque não falar?
É importante o recado dado pelo presidente Lula, esse choque de realidade, ainda mais quando a ONU propõe o Pacto para o Futuro, que vai na mesma direção, tentar deter a mudança climática, dar meios para o mundo atingir os objetivos já firmados no Acordo de Paris. Teremos dois anos importantes, principalmente 2025, quando a COP será realizada no Brasil.
Projetos importante sobre o futuro passam pelo Brasil. Passou pelo país várias vezes, como na Rio 92, quando saíram as principais convenções do mundo contra a mudança climática e de proteção da biodiversidade.
Passou pela Rio+20, em 2012, com o estabelecimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Nós estamos comprometidos, mas a realidade hoje é dramática, com os incêndios ainda sem punição. Fala-se o tempo todo que são incêndios criminosos, mas o governo precisa apresentar quem são os criminosos.
Fonte: O GLOBO
Fonte: O GLOBO
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