Letícia Correia Queiroz desapareceu após o deslizamento de terra no porto da Terra Preta, em Manacapuru, interior do Amazonas, na última segunda-feira (7)
O corpo de Letícia Correia de Queiroz, de 6 anos, foi encontrado no Rio Solimões nesta quinta-feira (10), confirmou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). A menina desapareceu após o deslizamento de terra no porto da Terra Preta, em Manacapuru, interior do estado, na última segunda-feira (7). Além da criança, o acidente também causou a morte de um homem de 36 anos, e ao menos 10 pessoas ficaram feridas.
As buscas pelo corpo de Letícia eram feitas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), com auxílio da Marinha do Brasil, desde o dia do ocorrido. Por volta de 13h desta quinta, a corporação conseguiu localizar a menina próximo ao local do deslizamento.
O corpo foi levado ao necrotério do cemitério São Francisco Xavier, onde foi reconhecido por familiares. O Instituto Médico Legal (IML) de Manaus foi acionado e está a caminho do município. O corpo será enviado para a capital amazonenses para a realização dos procedimentos cabíveis devido à falta de uma unidade do IML no município.
Letícia teve a casa levada pelo deslizamento do barranco. Segundo a família, no momento do incidente, ela estava com dois irmãos mais velhos, de 18 e 15 anos, que conseguiram se salvar. Além dela, outro homem, de 36 anos, também foi vítima do deslizamento e teve o corpo encontrado na quarta-feira (9).
O pai da criança contou que vivia na casa flutuante na orla há 28 anos. Ele e a esposa estavam pescando no momento do desabamento, que destruiu a estrutura onde moravam. Os pais presenciaram a tragédia a partir do rio.
“Olhamos para lá e não vimos mais o nosso flutuante, aí o desespero tomou conta, a minha mulher começou a passar mal. Foi o desespero maior, porque todos os meus três filhos estavam dentro desse flutuante”, afirmou.
Um deslizamento de terra abriu uma cratera na orla de Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, e engoliu parte do Porto da Terra Preta, na tarde da última segunda-feira (7). De acordo com um especialista, a construção do porto foi feita em um local impróprio para uma estrutura de grande porte.
O Ministério Público do Estado (MPE) informou, na última terça-feira (8), que vai investigar o deslizamento de terras no porto. O MP informou que a 3ª Promotoria de Justiça já iniciou a coleta de provas e orientou a adoção de medidas urgentes para garantir a assistência adequada às vítimas.
O órgão buscou também assegurar o atendimento imediato à população afetada. A investigação se concentrará em identificar os fatores que podem ter contribuído para o deslizamento e verificar se houve falhas nas ações preventivas.
Fonte: G1
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