Falta de alguns produtos alimentícios e água mineral já é visível no comércio local
As longas filas de caminhões que se formam na rodovia BR-319 desde o início da semana tem gerado preocupação entre os comerciantes do município de Careiro, no interior do Amazonas. Com a dificuldade de locomoção, a falta de alguns produtos alimentícios e água mineral já é visível no comércio local.
As filas que se formam na rodovia, que liga Manaus a Porto Velho, em Rondônia, são resultado de um intenso tráfego de carretas somado à escassez de balsas para a travessia e a seca que afeta a região. Em alguns pontos, a fileira de veículos chega a se estender por até quatro quilômetros.
À Rede Amazônica, o empresário Luiz Filho Vieira contou que o desabastecimento é aparente nas prateleiras. Ele, por exemplo, já espera há cerca de 15 dias pelas entrega de água mineral que seria revendida em seu estabelecimento.
"Devido a demora para chegar no comércio, passei três dias na fila. Estamos há 15 dias sem conseguir receber água mineral, e produtos como frango também estão em falta por causa da dificuldade de chegar até aqui", declarou.
Com o impacto sentido pelo comércio local, a Associação Comercial do Careiro solicitou ajuda ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
"Na semana passada, nosso caminhão passou quatro dias na fila com a maior dificuldade. Ainda ficou mais dois dias atolado no porto de Careiro e cada dia se agrava mais a situação", lembrou o diretor da associação comercial do município, Edmilton Corrêa.
O setor de turismo também enfrenta problemas. A representante da cooperativa de passageiros, Francisca Durante, que trabalha com transporte de turistas na região, contou que a demora na travessia e o desabastecimento nas pousadas têm prejudicado o serviço.
"A fila aqui é cerca de 3 km ou mais. Já teve caso onde gente deixou os turistas sair caminhando, porque tem dificuldade de locomoção. Então está um descaso", afirmou.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag, afirmou que, devido à seca, as plataformas onde contêineres com mercadorias são desembarcados foram transferidas de Manaus para o município de Itacoatiara, o que gera um atraso no procedimento.
"Esses navios com mais de 3.000 contêineres estão descarregando em cima de balsas e as balsas chegam. Nós estamos perdendo aí em torno de 3 a 4 dias a mais de um descarregamento normal que seria em Manaus", explicou.
Fonte: G1
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